domingo, 13 de setembro de 2009

CRÍTICA DO ESPETÁCULO: As artimanhas de Escapino


De: Moliere
Com: Cia de Atores de Laura
Dir: Daniel Herz

Sete anos atrás, estreava nos palcos do Rio de Janeiro, o espetáculo “As Artimanhas de Escapino”, da Cia de atores de Laura, dirigida pelo talentosíssimo Daniel Herz.
Com um grupo firme e coeso, em que os homens se destacam ligeiramente, os Atores de Laura seguem uma trajetória de constante evolução ao longo de 16 anos de existência. Desde que Daniel Herz e Susana Kruger, fundaram a companhia a partir de uma sequência de oficinas oferecidas na casa de cultura Laura Alvim, em Ipanema, de onde surge o nome da Cia e a atual formação do grupo que, praticamente não mudou ao longo desses muitos anos.
A atual sede dos Cia de Atores de Laura é o teatro Miguel Falabella, em pleno coração do comércio e do entretenimento na Zona Norte, o Norte-shopping.
A peça “As artimanhas de Escapino”, escrita pelo gênio da comédia: Jean Baptiste de Poguelin, conhecido por todos como Moliere, tem quase 400 anos de idade e, é inspirado nos famosos “canovacci”: que são pequenos roteiros de comédias dell’arte, um tipo de comédia sem texto, baseado nos improvisos, a partir desses guias/roteiro/canovacci, com tramas simples, em que os atores atingem o máximo em sua representação, na medida em que se especializavam em determinados papeis, ou seja, o ator que representava o papel de Escapino, um criado esperto e trapalhão que, no final, resolve todos os problemas satisfatoriamente, provavelmente o representaria por toda a vida.
A genialidade de Moliere está justamente em impor um texto a um roteiro da comédia dell’arte e, ao mesmo tempo manter-lhe o frescor de um espetáculo improvisado. Cia de Atores de Laura e Moliere, uma bela dupla. É muito gratificante quando o destaque de um espetáculo é o próprio espetáculo. Saúde, paz e prosperidade para este divertido espetáculo e para grupo de grandes atores. É isso!
Edvard Vasconcellos

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