domingo, 13 de setembro de 2009

CRÍTICA DO ESPETÁCULO: Apocalipse, segundo Domingos Oliveira


De: Domingos Oliveira
Grupo: Fúria Fábrica de Teatro
Dir.: Márcia Zanellato

Oficinas de teatro são capazes de produzir bons espetáculos? Essa é uma pergunta fácil de se responder ao se assistir “Apocalipse, segundo Domingos Oliveira”. E a resposta é: sim! E parece que a fórmula é relativamente simples: um excelente texto, uma turma de atores nada amadores, muitos inclusive profissionais tarimbados, com anos de estrada, um protagonista em grande forma e uma direção que não dificulta em nada a cena que, pelo contrário, mantêm uma impressionante “limpeza cênica” apesar dos atuais 27 atores em cena, de um grupo que originalmente eram 48.
Mas nem tudo são flores no espetáculo, as cenas de platéia não são atraentes e não cumprem a função de aproximar o público da cena e, em um teatro de palco italiano, com um balcão ainda por cima, a visão fica muito desfavorecida quando as cenas acontecem na platéia; a luz é criativa, mas quando é escura, é escura demais por tempo demais, no entanto cenário, figurino e maquiagem, são bem interessantes e os atores tem bom domínio de palco e do corpo.
O destaque da peça é capacidade de Gregório Duvivier, sem dúvida alguma, é uma das grandes revelações do teatro carioca, de fazer uma “caricatura” de um Domingos Oliveira/Deus, genial. Aliás, Gregório, há seis anos em cartaz com o Z.E. (Zenas Emprovisadas), me parece, presta sua homenagem, como um Deus/caricatura, a essa emblemática figura que é Domingos Oliveira, grande homem de teatro, de cinema e da televisão brasileira. É isso!

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